O QUE É


Cada vez mais os temas relacionados à Amazônia, pecuária, desmatamento e à política ambiental ganham projeção nacional e internacional, com matérias em veículos de todos os tipos e até mesmo em diferentes editorias, e com isso, é cada vez mais fundamental capacitar os jornalistas a cobrirem esses temas com profundidade e precisão.

Desde 2017, a parceria ((o))eco + Imazon realiza seminários anuais para treinar jornalistas dentro das temáticas socioambientais que envolvem a Amazônia brasileira. Em 2020, devido à configuração recomendada de distanciamento social, o evento será todo realizado de forma online. Se antes o seminário percorreu as cidades de Belém, São Paulo e Rio de Janeiro, agora ele é uma ampla oportunidade para os jornalistas de todo o país se aprofundarem no entendimento sobre as pautas ambientais com foco na Amazônia, na Pecuária e na Política Ambiental.

A 4ª edição do seminário será realizada entre os dias 14 e 16 de setembro e contará com a participação de expoentes na discussão ambiental, como a ex ministra do meio ambiente, Marina Silva, e de um time de jornalistas, entre eles Sônia Bridi e Gustavo Faleiros, além de economistas, procuradores e pesquisadores.

A programação do seminário contará com seis painéis temáticos ao longo dos três dias de evento: Política Ambiental; Mercado Financeiro e Desmatamento; Monitoramento na cadeia de produção da pecuária; Jornalismo local; Jornalismo e Amazônia; e Jornalismo internacional. Estes últimos três painéis serão mais voltados para compartilhar experiências jornalísticas e contará com a participação de representantes dos veículos nacionais: Repórter Brasil, Globo, Amazônia Real, InfoAmazônia, Envolverde, Observatório do Clima; e de mídias internacionais, The Economist e Financial Times. Cada painel terá duração aproximada de 1h30, com 20 minutos para responder perguntas dos participantes ao final.

Para se inscrever, basta preencher o formulário. A transmissão dos painéis será feita pelo Youtube e Facebook. O encontro pretende contribuir para qualificar a cobertura jornalística sobre o tema, além de ser uma ótima oportunidade para criar pautas inéditas e realizar entrevistas exclusivas com os convidados presentes.

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PARA QUEM É


Jornalistas e estudantes interessados em cobrir temas relacionados ao meio ambiente, agronegócio e economia.

INSCRIÇÃO


PROGRAMAÇÃO


14 de setembro

9h – Os impactos e rumos da política ambiental no Brasil
A mesa de abertura do Seminário é logo uma das discussões mais importantes no debate ambiental: quais os rumos que têm tomado a Política Ambiental brasileira e o que isso representa para a posição do Brasil no cenário mundial? O enfoque especial é na situação da Amazônia e como a floresta tem sido impactada, diretamente pelo desmatamento e pelas queimadas, e indiretamente pelo discurso político. Além disso, o painel também trará um debate sobre as oportunidades existentes que podem auxiliar o país a controlar o desmatamento e reverter o curso atual de destruição ambiental.

Convidados:
Marina Silva
Ana Carolina Bragança (MPF)

Mediação:
Daniela Chiaretti (Valor Econômico)

11h – A cobertura jornalística na Amazônia feita por quem está lá. De dentro da Amazônia, a cobertura de quem está na região
Com a pandemia e as consequentes limitações de viagens junto ao protagonismo cada vez maior da Amazônia nas notícias, o jornalismo feito por veículos localizados na região amazônica tem ganhado cada vez mais destaque e se tornado uma peça importante para manter os olhos atentos sobre o que acontece na floresta. Diversas iniciativas de jornalismo independente têm nascido e prosperado ao longo de toda a extensão da Amazônia, no esforço de trazer um olhar mais aprofundado e diferenciado sobre as questões que impactam essa região. Para ajudar a apresentar todo esse trabalho jornalístico que é feito localmente, este painel traz a jornalista Elaíze Farias, da Amazônia Real, e Fabio Pontes, freelancer que atua na região. O debate também falará sobre os modelos de financiamento e distribuições possíveis dentro da lógica da mídia independente.

Convidados:
Fabio Pontes
Elaize Farias (Amazônia Real)

Mediação:
Dal Marcondes (envolverde)

15 de setembro

9h – O papel do mercado no desmatamento: responsabilidade e desafios
Nos últimos meses, a defesa da floresta ganhou aliados de peso com o posicionamento cada vez mais firme de setores da indústria e do mercado contra o desmatamento e a flexibilização das regras ambientais. Gestores financeiros internacionais e nacionais têm demandado responsabilidade ambiental de empresas e do governo. Gustavo Pimentel, do SITAWI Finanças do Bem, e Fábio Alperowitch, da Fama Investimentos, debatem neste painel o que está estimulando esse posicionamento das empresas e mercados e se essa é uma postura que veio para ficar – e se multiplicar – na cabeça dos empresários. A discussão também irá analisar como as mudanças podem afetar positivamente ou negativamente as empresas no Brasil, principalmente as que operam na Amazônia.

Convidados:
Fábio Alperowitch (Fama Investimentos)
Gustavo Pimentel (SITAWI Finanças do Bem)

Mediação:
Naira Hofmeister (Jornalista Freelancer)

11h – A cobertura jornalística na Amazônia: diferentes experiências
As consecutivas altas de desmatamento na Amazônia chamaram atenção de todos os jornalistas sobre a situação da maior floresta tropical do mundo, desde aqueles que trabalham para veículos de amplo alcance nacional aos que escrevem para veículos de jornalismo independente. Neste painel, as jornalistas Sônia Bridi (Rede Globo) e Ana Aranha (Repórter Brasil) contarão suas experiências na cobertura sobre a Amazônia para fomentar o debate sobre as possibilidades e complexidades de comunicar o tema e as pautas socioambientais.

Convidados:
Sônia Bridi (Globo)
Ana Aranha (Repórter Brasil)

Mediação:
Gustavo Faleiros (InfoAmazonia)

16 de setembro

9h – Do pasto ao prato: o monitoramento da cadeia da pecuária
Um dos pontos centrais na discussão de estratégias para alcançar o desmatamento zero, no que diz respeito à atividade pecuária, é conseguir rastrear toda a cadeia produtiva. Do bezerro ao frigorífico. A rastreabilidade dos rebanhos é fundamental para evitar que bois oriundos de pastos desmatados ilegalmente cheguem até o mercado e ao consumidor. Atentos a isso, iniciativas de monitoramento da cadeia de produção, como a feita pela Trase, desenvolveram metodologias para conseguir rastrear as cadeias produtivas de commodities como a carne e a soja. Este panorama será dado no painel por um dos pesquisadores da iniciativa, André Vasconcelos, junto com o pecuarista e vice-presidente da AcriPará, Mauro Lucio Costa.

Convidados:
Mauro Lúcio Costa (Pecuarista e vice-presidente da AcriPará)
André Vasconcelos (Trase)

Mediação:
Juliana Tinoco

11h – A Amazônia nas manchetes do mundo
O que os leitores internacionais querem saber sobre a Amazônia? Como a Amazônia está sendo retratada no exterior? Quais as percepções externas sobre o desmonte da política ambiental brasileira e o recente aumento do desmatamento no bioma? Essas são algumas das reflexões que guiarão o debate deste painel, que conta com a participação dos jornalistas britânicos Sarah Maslin, do periódico The Economist, e Andres Schipani, do jornal Financial Times. Os dois veículos – de alcance internacional – estão entre os que têm dado destaque à situação na Amazônia e no Brasil, e os repórteres irão contar sua experiência, as demandas e desafios dessa cobertura.

Convidados:
Sarah Maslin (The Economist)
Andres Schipani (Financial Times)

Mediação:
Claudio Angelo (Observatório do Clima)

PALESTRANTES


Marina Silva
Professora, ambientalista e política brasileira. Formada em Historia, tem especialização em Psicopedagogia e Teoria Psicanalítica. É Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia e pela Academia Chinesa de Silvicultura. Em quase 30 anos de vida pública, ganhou reconhecimento dentro e fora do país pela defesa ao meio ambiente, das comunidades tradicionais e pelo desenvolvimento sustentável com justiça socioambiental. Recebeu dezenas de títulos e prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Goldman, a Medalha Duque de Edinburgh do WWF e a mais alta condecoração ambiental das Nações Unidas, o premio Champions of the Earth da ONU. Foi escolhida como a mulher do ano pelo Financial Times Magazine em 2004 e figurou em 2008 na lista do Jornal britânico The Guardian entre as 50 pessoas que podem salvar o planeta. Em sua trajetória, foi vereadora, deputada estadual e senadora – eleita sempre com votações recordes – e foi também ministra do meio ambiente. Como ministra, liderou a criação do Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que reduziu as taxas de desmatamento em 80%, além de criar 25 milhões de hectares de áreas naturais protegidas. Disputou as eleições presidenciais de 2010, 2014 e 2018. É fundadora e porta-voz do partido Rede Sustentabilidade e atua também como professora associada da Fundação Dom Cabral.
Mais informações no www.marinasilva.org.br

Ana Carolina Haliuc Bragança
Formada em Direito pela USP e cursa Especialização em Direito Ambiental na UFPR. É Procuradora da República no Amazonas, Coordenadora da Força Tarefa Amazônia e membro da ABRAMPA. Trabalhou, no MPF, também em Mato Grosso e Roraima.

Daniela Chiaretti
Repórter especial de Ambiente do Valor desde 2005 e cobriu todas as grandes conferências climáticas das Nações Unidas desde 2008, além da Rio 92 e a Rio+20. Foi editora-chefe da revista “Marie Claire” e trabalhou na “Gazeta Mercantil”, “Folha de S. Paulo”, “Veja” e “UOL”. Foi mais de 40 vezes à Amazônia, viajou a muitos países africanos, da Ásia, Europa e Américas cobrindo impactos e adaptação à emergência climática. Ganhou vários prêmios como o Esso em Informação Científica, Tecnológica e Ambiental de 2011 com a reportagem “No Topo do Mundo”, sobre uma jornada no Ártico para acompanhar os efeitos da acidificação dos oceanos. É membro desde a fundação do comitê consultivo do Rainforest Journalism Fund (RJF) administrado pelo Pulitzer Center. Tem especial interesse nos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais, na redução da desigualdade e em modelos de desenvolvimento.

Elaíze Farias
Jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Especializou-se na produção de reportagens socioambientais na Amazônia, com enfoque em povos indígenas, comunidades quilombolas e povos tradicionais, impactos de grandes obras (hidrelétricas, mineração, rodovia, etc) na floresta, nos grupos humanos e na biodiversidade da Amazônia, crise climática, violações de direitos territoriais e direitos humanos, etc. Possui três premiações: Prêmio Imprensa Embratel (2013); Prêmio Onça-Pintada de Jornalismo e Prêmio Fapeam de Jornalismo Científico (2014) . É cofundadora da agência Amazônia Real, sediada em Manaus (AM). Entre os reconhecimentos da Amazônia Real está o Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo de 2019.

Fabio Pontes
É natural de Rio Branco, capital do Acre. Jornalista por formação e atuação profissional há mais de 10 anos. Enquanto jornalista freelancer já escrevi reportagens especiais que vão desde a questão ambiental-amazônica, às humanitárias (imigração), mudanças climáticas (enchentes e secas severas) e política regional. Entre os veículos para os quais escrevi estão Folha de São Paulo, Valor Econômico, Veja, BBC Brasil, Amazônia Real, National Geographic, revista piauí e outros. Na imprensa local já passei por quase todos os meios de comunicação. Atualmente o meu blog (fabiopontes.net) é a principal plataforma de divulgação do meu trabalho.

Dal Marcondes
Jornalista, 64 anos, diretor executivo da DMCom Consultoria e do Instituto Envolverde, passou por diversas redações da grande imprensa, como Agência Estado, Gazeta Mercantil, Revistas Isto É e Exame como repórter e editor de economia e finanças. Desde 1998 dedica-se a cobertura de temas relacionados ao meio ambiente, educação, desenvolvimento e sustentabilidade empresarial. Recebeu por duas vezes o PRÊMIO ETHOS DE JORNALISMO, oferecido pelo Instituto Ethos, e é reconhecido como um "JORNALISTA AMIGO DA INF NCIA; pela Agência Nacional dos Direitos da Infância (ANDI), PRÊMIO ESPECIALISTA EM ÁGUA E SANEAMENTO pela revista Negócios da Comunicação em 2015/16/17. Foi membro do Conselho de Ética do Fórum Amazônia Sustentável e do Conselho de Sustentabilidade do Walmart Brasil. É membro do Conselho de Especialistas do Centro SEBRAE de Sustentabilidade. Especialista em Economia Ambiental pelo Procam-USP, Mestre em Produção Jornalística e Mercado pela ESPM-SP com especialização em Modelagem de Negócios Digitais.

Fabio Alperowitch
Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), com cursos de extensão na Universidade da Califórnia (Berkeley) e na Harvard Kennedy School. Iniciou sua carreira na Procter & Gamble e fundou a FAMA Investimentos em 1993, onde é responsável pela gestão do fundo de ações de empresas brasileiras, focado em companhias com responsabilidade social e aderentes às boas práticas de ESG. No terceiro setor, é diretor do Instituto FAMA, do Instituto Brasil Israel, do Instituto Totós da Teté, conselheiro da WWF Brasil, da GRI Brasil e do Museu Judaico. Foi membro do Conselho de Administração de diversas companhias de capital aberto. Possui a certificação CFA – Chartered Financial Analyst

Gustavo Pimentel
Diretor Executivo da SITAWI, onde lidera a maior prática de pesquisa e consultoria no tema Finanças Sustentáveis da América Latina, com mais de 35 profissionais dedicados. A SITAWI assessora instituições financeiras e investidores a incorporar questões socioambientais na estratégia, gestão, análise de riscos e avaliação de investimentos em várias classes de ativo: renda variável, crédito, private equity, infraestrutura, venture capital e private debt. Gustavo foi eleito melhor analista socioambiental para investidores do mundo pela Independent Research in Responsible Investment – IRRI 2016 e um dos 3 profissionais que mais contribuíram para o tema Investimento Responsável no mundo pela IRRI 2019. Sua carreira inclui passagem pelos bancos ABN AMRO e Unibanco, SR Rating e as consultorias Accenture e Dinamus, nesta última como sócio-fundador. É economista pela UFRJ com MBA pela IE Business School (Madrid) e certificado em Investimento Responsável pela University of St Andrews.

Naira Hofmeister
Tem 38 anos e atua como freelancer desde 2006, sempre baseada em Porto Alegre. Escreve reportagens de fôlego e já publicou em mais de 30 veículos diferentes, no Brasil e no mundo. Em produções recentes, a temática ambiental e de direitos humanos tem se destacado através de reportagens investigativas e de contexto para veículos como The Intercept Brasil, O Eco, Mongabay, Agência Pública e El País Brasil. Em 2020, recebeu uma das 10 bolsas de Jornalismo de Soluções da Fundación Gabo de Periodismo e da Solutions Journalism Network. Seu trabalho já foi reconhecido em prêmios como o de Direitos Humanos de Jornalismo, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, o Prêmio ARI, da Associação Rio Grandense de Imprensa (ARI) de Jornalismo, e o Prêmio de Jornalismo da Justiça Eleitoral.

Ana Aranha
Repórter investigativa e documentarista, tem 14 prêmios de jornalismo. Foi coordenadora do jornalismo da Repórter Brasil, onde hoje trabalha como coordenadora de projetos especiais. Formada em jornalismo pela USP tem especialização em cinema pela Queen Mary University of London. Trabalhou por sete anos como repórter na revista Época e colaborou para veículos diversos como o The Guardian, El Mundo, agência Pública, Veja, Rolling Stone, Marie Claire e GQ.

Sônia Bridi
Repórter especial do Fantástico, da Rede Globo. Ao lado do repórter cinematográfico e marido, Paulo Zero, Bridi montou a primeira base da TV Globo no Oriente, entre 2005 e 2006, na China. Foi correspondente em Pequim Paris, Londres e Nova York. Autora de grandes séries de reportagem para o Fantástico com história natural, antropologia e civilização como pano de fundo para desenvolvimento sustentável. Especialista em reportagens de ciência e tecnologia e meio ambiente. Fez parte da equipe que reportou o conteúdo dos documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, revelando que os americanos e seus aliados espionaram a então presidente do Brasil Dilma Roussef, a Petrobrás, o Ministério das Minas e Energia, além de empresas internacionais de comunicação e Petróleo e o sistema Swift, de transferência financeiras internacionais. Em 2014 foi uma das primeira repórteres a entrevistar Snowden, na Rússia, onde ele está asilado. No Brasil, tem se dedicado a resportanges que tratam de justiça, segurança pública, direitos humanos e racismo. Em 2008, Bridi lançou o livro Laowai (Estrangeiro) – histórias de uma repórter brasileira na China, editora Matrix, e em 2014 Diário do Clima, mostrando as mudanças climáticas já acontecendo em cinco continentes, Ed Globo, ambos com fotos de Paulo Zero.

Gustavo Faleiros
Jornalista ambiental e instrutor especializado em geojornalismo. Em 2012, lançou o InfoAmazonia, uma plataforma digital que utiliza imagens de satélites e outros dados publicamente disponíveis para monitoriar a Amazônia. Faleiros também ajudou a criar uma rede de jornalistas que produziu 200 histórias sobre questões ambientais na região. A rede surgiu de seu trabalho no site O Eco, onde Faleiros trabalhou como repórter e editor executivo. Faleiros iniciou a sua carreira como repórter do Valor Econômico, onde cobriu infra-estrutura, energia e saneamento. Foi também duas vezes selecionado Knight International Journalism Fellow devido ao seu trabalho na promoção do jornalismo de dados e do geojornalismo. Entre 2014 e 2017, trabalhou em aliança com a Earth Journalism Network, onde liderou o Conselho de Parceiros, o programa de mentoria climática, além de atividades em países da África, como a República Democrática do Congo e os Camarões. Faleiros obteve um mestrado em Política, Meio Ambiente e Globalização pelo King’s College London e uma licenciatura em jornalismo na Universidade Católica de São Paulo (PUC). Contribuiu também para importantes publicações como Scientific American, The Guardian-UK, Nature, Revista Piauí e Folha de São Paulo.

Mauro Lúcio Costa
55 anos, é pecuarista, vice-presidente da AcriPará, ex-presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (PA), idealizador do Projeto Pecuária Verde em Paragominas e consultor. Produtor referência para stakeholders-chaves (academia, governo, organizações da sociedade civil, formadores de opinião, entre outros) na viabilização e implantação de projetos de pecuária sustentável na Amazônia.

André Vasconcelos
Ecólogo formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Atua há mais de 10 anos na área ambiental, desenvolvendo e implementando projetos de conservação de florestas tropicais. Desde de 2017 têm focado nos elos entre o desmatamento e as cadeias de produção, com ênfase particular na exposição dos mercados chinês e europeu à risco de desmatamento e impactos climáticos. Antes de ingressar na Global Canopy, André era coordenador de projetos na empresa de consultoria ambiental Casa da Floresta. Ao longo de sua carreira, ele morou em diferentes partes do Brasil, incluindo a Amazônia, onde participou de atividades de monitoramento do maior projeto de pesquisa em fragmentação florestal no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Ele agora está baseado em Oxford, Reino Unido.

Juliana Tinoco
Jornalista multimídia especializada na cobertura de Meio Ambiente, Ciência e Direitos Humanos. Por quinze anos vem reportando sobre mudanças climáticas, sustentabilidade, desmatamento e os conflitos pelos recursos naturais no Brasil, além de atuar com desenvolvimento de estratégias de comunicação, engajamento e advocacia, articulação e formação de parcerias e cooperação internacional. Atualmente lidera o trabalho de relações externas e produção de conhecimento do Partnerships for Forests (P4F) na América Latina, programa do governo do Reino Unido que visa o desenvolvimento econômico sustentável em áreas de florestas a partir do suporte a iniciativas comerciais – de grandes cadeias do agronegócio a negócios de base comunitária. Juliana é mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela London School of Economics and Political Science (LSE).

Sarah Esther Maslin
Correspondente na The Economist desde 2017. Em 2018 chegou em São Paulo para ser correspondente chefe do Brasil. Cobriu a campanha presidencial e os primeiros 18 meses do governo Bolsonaro. Viajou para Amazônia várias vezes para a revista, inclusive para uma capa sobre o aumento do desmatamento e a desarticulação da política ambiental, e para outra matéria sobre o sínodo da Amazônia. Anteriormente, trabalhava como jornalista freelance na América Central. Seu trabalho foi publicado em The Washington Post, The New York Times Magazine, The Atlantic, The Nation, VICE Magazine, Columbia Journalism Review e outros veículos. É graduada da faculdade de história da Universidade de Yale. Antes de ser correspondente da The Economist, passou vários anos reportando na aldeia El Mozote, El Salvador, onde soldados do governo mataram centenas de cidadãos, em 1981, no início da guerra civil desse país. Está escrevendo um livro sobre a massacre de El Mozote, os limites da verdade e da reconciliação, a violência de gangues em El Salvador e nos Estados Unidos, e as consequências de longo prazo de traumas numa comunidade e num país.

Andres Schipani
Correspondente para África Oriental e Central do Financial Times com sede em Nairóbi. Até o agosto, ele foi correspondente no Brasil e, antes de se mudar para São Paulo, foi correspondente do jornal nos Andes e no Caribe com base em Bogotá. Antes disso, ele trabalhou no escritório do FT em Nova York como repórter de mercados emergentes. Nascido em Buenos Aires, ele se formou nas universidades de Oxford e Columbia.

Claudio Angelo
Coordenador de comunicação do Observatório do Clima e autor de A espiral da morte – como a humanidade alterou a máquina do clima (Companhia das Letras, 2016). Foi jornalista por 16 anos e ainda exerce esporadicamente a profissão.